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Espalhe o bem


Por muito tempo, senti falta dos meus textos. Por que eu não escrevi mais? Sinceramente, fazem falta, mas algo que ainda não sei o que é, faz bem mais. É como se um item não se encaixasse, uma espécie de quebra-cabeça enorme, na minha frente e eu só consigo encarar todas as peças. Nesse ponto, já estão com as pontas desgastadas por causa de todos os esforços anteriores.

Há pouco, notei algo errado no número de peças, algumas não são minhas. Percebi que tentava encaixar, do melhor jeito possível, todas que estavam ali. Seguia esse caminho mesmo quando notava que as minhas ficavam amassadas e praticamente dobradas para o encaixe das outras.

Eu preciso arrumar tudo? Acho que está cada vez mais claro que não. Ainda não sei direito quais são as peças certas e por mais que uma sensação de organizá-las com urgência esteja me perseguindo, já sei por onde começar e torço para que a paciência esteja comigo.

Por incrível que pareça, todas as palavras anteriores foram escritas antes de todo o caos. Durante alguns dias, soou como se a urgência por arrumar tudo fosse ainda maior. Só que tenho descoberto a cada dia que não funcionamos desse jeito.

É preciso ter cuidado com a necessidade do entendimento completo. Acredito que essa busca incansável pelas razões de cada detalhe pode ser massante. Há momentos em que a pura contemplação basta, pois você finalmente reconhece o que não se encaixa mais.

         

A série Anne With an E ganhou o coração de diversas pessoas, principalmente nos últimos meses e eu não sei como ainda não tinha aparecido por aqui.

Com o lançamento da terceira temporada na Netflix em dezembro, marcada como a última, o que foi uma grande decepção já que há muito o que ser explorado nessa história, principalmente ao considerar a quantidade de livros.

A série é baseada no livro "Anne de Green Gables", de Lucy Maud Montgomery. A responsável pela adaptação é a produtora e escritora Moira Walley-Beckett.

Originalmente a transmissão é da CBC, porém, mundialmente a Netflix (VALEU!) disponibiliza essa maravilha de série.

Sobre o que a série fala? 

Caracterizada em muitas sinopses como uma órfã impetuosa, a jovem Anne (Amybeth McNulty) passa a morar com dois irmãos, Matthew (R. H. Thomson) e Marilla (Geraldine James), sofrendo com alguns problemas de adaptação.

Desde o início a imaginação da Anne é encantadora! Acredito que essa é uma das personagens mais cativantes que já encontrei e aos poucos, os laços da personagem em seu novo lar, na escola, nova cidade, entre outros locais, se fortalecem.

Gilbert e Anne
Além de Matthew e Marilla, é fundamental dar destaque para personagens como Gilbert Blythe (Lucas Zumann), Diana Barry (Dalila Bela), Cole (Cory Gruter-Andrew) e Jerry (Aymeric Montaz).

Com Diana temos uma realidade distante de muitos personagens e comum para outros, que é a da riqueza, com pais que desejam que as filhas frequentem futuramente uma escola de etiqueta e sejam boas esposas.

Só que o desejo da personagem, de sua irmã e de outras que encontramos na história é de ir além desse destino marcado pela submissão.

Com o Jerry, ajudante da fazenda onde Anne mora, a história é totalmente diferente e a amizade entre os dois contribui com que ele tenha mais conhecimento de diversas coisas, inclusive em relação a leitura.

Assim como a Diana, o Cole é um grande amigo da protagonista e com ele questões como a intolerância com as diferenças são abordadas. Sem dúvidas, é um personagem incrível que eu gostaria de ter acompanhado mais ainda.

Ao longo dos episódios os sentimentos em relação ao Gilbert são aflorados e é algo nítido, não torcer por eles na série é praticamente impossível.

Naturalmente, há outros personagens que são pilares cruciais para compreender não apenas o posicionamento de Anne diante a diversas situações, como também para discuti-las. Pontos cruciais, inclusive para hoje em dia são abordados, como:
  • Importância do conhecimento;
  • Oportunidades para mulheres;
  • Assédio;
  • Censura.
Cole e Anne

Além de observar uma estética maravilhosa na série, acompanhamos personagens inspiradores, com destaque, é claro, para Anne, que mostra em diversos momentos um misto de coragem e sensibilidade difícil de ser encontrado.

Torço para que a quarta temporada seja produzida! E você, já assistiu?


Você já viu This is Us? É o tipo de série que nos faz chorar a cada episódio, transitando entre a tristeza e a alegria em questão de segundos, é envolvente e encantadora, contendo cenas super emocionantes e reais, com temas relevantes e tabus que são levados a uma digna e necessária reflexão.

A série dramática conta a história da Família Pearson e segue a vida dos irmãos Kevin (Justin Hartley), Kate (Chrissy Metz) e Randall (Sterling K. Brown), nascidos na mesma data, mostrando as individualidades e escolhas de cada um. This is us irá te apresentar inúmeros questionamentos e lições, trazendo assuntos como insegurança, resiliência, raiva, gordofobia e racismo, além de lágrimas.

É uma série cheia de camadas que não apresenta apenas um lado arrumado da vida, os personagens trazem seus tramas individuais e tão reais que tem grande probabilidade de identificação com o público, ou ao menos consegue estabelecer uma forte conexão. Ainda assim, sem dúvidas, consegue trazer essas questões de um modo um tanto delicado e inspirador.

A trajetória de Jack (Milo Ventimiglia) e Rebecca (Mandy Moore) é surpreendente e emocionante, desde o momento em que se conheceram a toda construção de seu romance e sua família, eles tem trigêmeos e, com a morte de seu terceiro filho no parto, no mesmo dia o casal decide adotar Randall, um recém-nascido que é deixado no hospital.


A história traz momentos do passado, do presente e do futuro da família Pearson, ela mostra cada laço entre a vida do três irmãos e a história do casal.

No presente, Kevin é um ator frustrado com sua carreira que deseja tomar um novo rumo, mesmo estrelando uma série de sucesso. Kate lida com questões de aceitação e insegurança enquanto luta contra o excesso de peso. Randall é um excelente pai e profissional com crises de pânico, é o filho adotado do casal Pearson que passou a vida inteira procurando saber mais sobre suas origens, passando por uma forte sensação de deslocamento em sua infância. 

O modo como a série é contada inova o mundo da narrativa das telas, contendo flasbacks e flashforwards de um modo muito bem organizado e emocionante. Sou suspeita para falar a respeito, mas a construção, embora comum em séries e filmes, tem uma harmonia instigante.

Prêmios e transmissão

Todo o elenco levou o principal prêmio na categoria drama para TV, sendo Sterling K. Brown, que interpreta o personagem Randall, o primeiro negro a ganhar o Globo de Ouro de Melhor ator nesta categoria, e também levou o Emmy (2017) e o prêmio do Sindicato dos Atores (2018). Com somente duas temporadas a série já é bem aclamada pelo público e tem em torno de 26 prêmios.

Ainda mais, This is Us se tornou popular nos Estados Unidos, transmitida pelo canal NBC desde setembro de 2016, foi criada por Dan Fogelman, roteirista do filme Amor a Toda Prova e autor de 17 Outra Vez. Aqui no Brasil a série é transmitida pelo canal Fox Life e também está disponível no aplicativo FOX para seus assinantes.

Curiosidades

1. Alguns atores contam sobre a semelhança entre eles e seus personagens, possuindo certa identificação diante da complexidade do contexto de cada um. A atriz Chrissy Metz, que interpreta Kate, está travando a mesma batalha de sua personagem, que é a perda de peso, e conta como está sendo uma experiência positiva este papel para sua vida;
2. A série primeiramente foi imaginada como um filme;
3. A atriz Mandy Moore foi indicada ao papel de Rebecca pelo criador da série, Dan Fogelman, que são amigos de muito tempo;
4. O título da série era pra ser "36", que é a idade dos três irmãos no episódio piloto, mas a ideia não pareceu cativante e foi descartada.


Lançado em março de 2018, o filme Com amor, Simon conta com a direção de Greg Berlanti. O diretor tem participação em grandes projetos como The Flash (produtor), Legends of Tomorrow (um dos criadores), Supergirl (produtor) e Arrow (produtor). No elenco, a obra traz nomes como:
  • Nick Robinson (A Quinta Onda);
  • Keiynan Lonsdale (The Flash);
  • Katherine Langford (13 Reasons Why);
  • Jorge Lendeborg Jr. (Homem-Aranha: De Volta ao Lar;
  • Alexandra Shipp (X-Men: Apocalipse).
A indústria audiovisual está desenvolvendo cada vez mais trabalhos que contribuem com a representatividade. É algo que vem ocorrendo pouco a pouco, não só nesse meio e torço para que avanços significativos ocorram.

O que dizer desse filme? Eu gostaria de ter a maravilhosa capacidade de falar de Com amor, Simon de maneira totalmente parcial. No entanto, já aviso que terei que falhar miseravelmente nessa tarefa e conforme o título do post indica, spoilers podem ocorrer.


Vamos falar sobre o contexto do filme?

Simon, aparentemente tem a vida perfeita dos jovens de sua idade (dos filmes, claro), mas ele tem um grande segredo e o personagem mostra o quanto pode ser sufocante não ser você mesmo, especialmente perto das pessoas que mais ama. 

Ele tem medo do que pode acontecer se as pessoas souberem que ele gosta de homens. No entanto, no meio dessa sensação de estar sozinho e confuso, alguém surge desabafando sobre estar na mesma situação em um blog dos alunos de sua escola.

Nesse cenário, Simon começa a  trocar e-mails de forma anônima com Blue. Infelizmente, a forma pela qual as pessoas descobrem seu segredo não é nada planejada e ainda mais, é por outra pessoa e de um jeito nem um pouco sutil. Ao ser chantageado por seu colega de teatro, uma hora essa bomba estoura e a escola toda fica sabendo. 

É justamente neste momento que o protagonista vê o seu mundo desabar completamente. No entanto, como estamos acostumados a ver nos filmes, acabamos descobrindo quem é o Blue (esse spoiler vou guardar) e as coisas também acabam voltando aos eixos.

Por que achei o filme impactante?

Nas horas que Simon chorou, se viu perdido, sozinho e também na cena maravilhosa de imaginar como seria se fosse necessário se assumir hétero para a sua família, me remeteu a momentos que já li, vivi e ouvi. 

Vi um pouco dos meus amigos e das pessoas das quais já ouvi e li relatos nesses momentos. Imaginei quantas pessoas já sofreram e ainda sofrem por isso. Não só psicologicamente, mas fisicamente. É algo a se pensar e filmes como Com amor, Simon levantam essa questão, do direito de ser quem é, sem tanta dor, julgamentos e com mais compreensão.

Nick Robinson dá vida ao Simon de uma forma bonita, trazendo leveza. Fora isso, nenhum personagem é o super perfeito, totalmente sem falhas, o que só reforça a naturalidade de diversas situações no filme. Recomendo pela história, pelo aprendizado e pelas risadas.

O livro A Sutil Arte de Ligar o Foda-se pode dar a impressão de que fala apenas de não ligar para as coisas e ponto final. Não se deixe enganar, não é por esse caminho que ele segue. No decorrer da obra, o autor Mark Manson fala de diferentes assuntos de nossas vidas e sobre a importância de encarar as batalhas que travamos. 

Uma das coisas mais simples e importantes que notei nesse livro, é que algumas atitudes podem parecer banais, mas se pararmos para pensar, podemos trabalhar de uma forma melhor nelas e não nos sufocarmos com a cobrança de sermos sempre melhores e otimistas.

Os valores são a base de tudo que somos e fazemos. Se o que valorizamos é inútil, se o que escolhemos considerar sucesso ou fracasso é equivocado, qualquer coisa baseada nesses valores - pensamentos, emoções, sentimentos cotidianos - será equivocada também.

A leitura é fácil, é como se Mark Manson fosse aquele amigo sincero que não tem receio de te falar algumas verdades. Uma das várias questões tratadas neste livro, é a culpa x responsabilidade. Particularmente, nos passa uma visão um pouco diferente sobre diversos assuntos ao observar a distinção entre ambas. 

A culpa por algumas coisas em certas situações, pode ser de outras pessoas, mas isso não muda que a responsabilidade é sua. Parece tão simples, tão banal, mas é só um dos diversos assuntos que negligenciamos e muitas vezes nem nos damos conta de sua importância.

Se o sofrimento é inevitável, se os problemas da vida também são, a pergunta que devemos fazer não é Como paro de sofrer? e sim Pelo que estou sofrendo?.

Por falar em importância, no livro A Sutil Arte de Ligar o Foda-se, percebemos que não, os problemas não acabam, não há um super momento de iluminação em que sua vida só passa a ser boa. Eu terei problemas, você também. A questão, é que ao aprender a lidar com as coisas, principalmente situações ruins, você passa a entrar em uma realidade mais consciente e coerente com seus objetivos, sem se desgastar com questões que não condizem com o seu caminho.


via GIPHY

Mark Manson traz um olhar crítico bem interessante sobre fracassos, objetivos, lutas que escolhemos, camisas que vestimos e mostra que as perspectivas podem mudar totalmente e de fato, influenciarem na nossa forma de sentir e viver. Sou suspeita para falar, pois estou lendo pela segunda vez, mas analisando de uma forma distante de minha vida e questões com as quais esse livro tem me ajudado, é, de fato, uma leitura capaz de levar mais reflexão para a vida e apurar o senso crítico das pessoas.

Mais informações


Sinopse

Chega de tentar buscar um sucesso que só existe na sua cabeça. Chega de se torturar para pensar positivo enquanto sua vida vai ladeira abaixo. Chega de se sentir inferior por não ver o lado bom de estar no fundo do poço.

Coaching, autoajuda, desenvolvimento pessoal, mentalização positiva - sem querer desprezar o valor de nada disso, a grande verdade é que às vezes nos sentimos quase sufocados diante da pressão infinita por parecermos otimistas o tempo todo. É um pecado social se deixar abater quando as coisas não vão bem. Ninguém pode fracassar simplesmente, sem aprender nada com isso. Não dá mais. É insuportável. E é aí que entra a revolucionária e sutil arte de ligar o foda-se.

Mark Manson usa toda a sua sagacidade de escritor e seu olhar crítico para propor um novo caminho rumo a uma vida melhor, mais coerente com a realidade e consciente dos nossos limites. E ele faz isso da melhor maneira. Como um verdadeiro amigo, Mark se senta ao seu lado e diz, olhando nos seus olhos: você não é tão especial. Ele conta umas piadas aqui, dá uns exemplos inusitados ali, joga umas verdades na sua cara e pronto, você já se sente muito mais alerta e capaz de enfrentar esse mundo cão.

Para os céticos e os descrentes, mas também para os amantes do gênero, enfim uma abordagem franca e inteligente que vai ajudar você a descobrir o que é realmente importante na sua vida, e f*da-se o resto. Livre-se agora da felicidade maquiada e superficial e abrace esta arte verdadeiramente transformadora.


Autor: Mark Manson

Ano de lançamento: 2017

Média de preço: É possível encontrar o livro entre R$ 20,00 a R$ 40,00

Para acessar o blog do Mark, clique aqui.
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Redatora, fotógrafa e apaixonada por boas histórias.

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